Ceratose seborreica, o que podemos falar sobre estes tumores em nosso desafio COPA DEZEMBRO LARANJA

Desafio que tem por objetivo aumentar a nossa acurácia diagnóstica com o exame da pele do seu paciente.

São os tumores benignos mais prevalentes da humanidade, você já tinha se dado conta?

Tumores que aumentam a sua taxa de incidência com o envelhecer, possuem maior predileção pela pele fotoexposta. Podem porém, ocorrer em qualquer área do nosso tegumento, exceto pele volar e mucosas.

Classicamente são tidas como lesões sem risco de malignização. mas será que é isso mesmo? Do ponto de vista prático, nos procuram para retirar quando incomodam pelo incomodo estético.

E realmente, muitas vezes elas são muito feias.

Mas e a teoria, apoia o que fazemos na prática? Será que pela quantidade de casos, a gente menospreza estas lesões?

Vamos ao conceito que a ceratose seborreica é um tumor epidérmico verdadeiro, e é um tumor Clonal, ou seja, todas as células tumorais possuem a mesma mutação.

As mutações ocorrem em um oncogene, sendo o FGFR3 o mais frequente, com taxa de ocorrência que varia de 25% a 80%. Taxa que é maior em pessoas mais idosas.
Outros oncogenes mutados já foram associados a casos de CS.
Mas o mais interssante é que as mutações possuem a assinatura de fotodano. Ou seja fotodano é um fator de risco para casos de ceratose seborreica.

Logo se temos ceratose seborreica, temos assinatura de dano genético por ultravioleta, mas em vez de causar CBC ou CEC temos as ceratoses seborreicas.

Será que podemos então interpretar estas lesões como sinalizadoras de risco de câncer? Não temos essa informação. Mas fiquem atentos que para podermos fazer este tipo de associação percisaríasmos de um estudo com uma quantidade brutal de pacientes, logo não espero que essa evidência seja construida com facilidade.

Na prática eu indico retirada das lesões para facilitar o acompanhamento da pele dos pacientes. Faço tratamento de campo de cancerização (que acaba rejuvenescendo)

Por fim, não é incomum o que chamamos de tumor de colisão, que é a presença da ceratose seborreica com outros tumores.
E como interpretar. seria uma associação? Não temos a resposta

Com estes dados, como eu penso:
– A ceratose seborreica pode ser utilizada como um sinal de fotodano
– Lesões com mudanças devem ser avaliadas de forma mais sistemática com acompanhamento dermatoscópico
– Sempre que não conseguir definir com clareza a origem da lesão, realizar a retirada da lesão seguida de avaliação histólogica. Não faça apenas destruição nestes casos

E você como aborda os caso de CS?

Concorda com a minha intepretação, em que no diagnóstico utilizo o conceito de mecanismo de formação de lesão para a minha tomada de decisão?

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E até o caso de amanhã