Este é o nosso caso 10 da COPA DEZEMBRO LARANJA!!!
Espero que você esteja curtindo o nosso desafio que tem por objetivo aumentar a sua acurácia diagnóstica com o exame da pele do seu paciente.
E quando que falo de acurácia diagnóstica com o exame da pele do paciente eu estou conversando com todos nós médicos.
Câncer de pele, o mais comum de todos os tumoreas malignos que afetam o ser humano. Estou falando de 25% de todos os casos, estou falando de 25 casos de câncer de pele para cada 100 casos de câncer. O câncer de pele é tão importante, numericamente falando que quando temos estatísticas de outros tumores sempre vemos o asterísco – exceto câncer de pele não melanoma
E por que estou falando isso? Tenho certeza que se você chegou até aqui você sim se interessa na qualidade do seu diagnóstico.
E nosso caso, nos trás uma camada fundamental dos diagnósticos, que é quando devemos fazer busca ativa.
O paciente, com atividade laboral indoor, em escritório chega a consulta com uma lesão vermelha que apresenta um pigmento.
Apesar de não ter história recente de exposição solar, a pele mostrava sinal de fotodano, esse é um exemplo de como a pele nos conta a história muitas vezes ignorada ou esquecida pelos nossos pacientes.
Vimos que a lesão era de um CBC, isso com a avaliação clínico dermatoscópica. Descartamos a possibilidade de melanoma que era a doença mais temida.
No exame completo do paciente indentificamos uma lesão no tronco que não chamava a atenção do paciente e essa lesão sim, era um melanoma 0/
E qual é a lição aqui, câncer de pele é fator de risco para outro câncer de pele. E diante de um caso, devemos sempre realizar o exame completo da pele do seu paciente.
Lembrem, que se o diagnóstico precoce é fundamental quando falamos em câncer, no caso de melanoma essa frase tem um significado ainda maior, pode salvar a vida dele
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Estamos falando de uma doença que é 100% curável quando detectada na fase inicial, quando ela ainda é in situ, ou seja quando ainda está restrita a epiderme. Para uma taxa de sobrevida em 5 anos entre 8-20%, passando por uma sobrevida de 60% nos casos de metástase regional.
E toda vez que pensamos numa doença, na prevenção de uma doença, precisamos ter clareza dos fatores de risco, de quem está sob risco e também como e quando devemos ativamente procurar o problema.
No caso da pele é fácil o exame e o screening, basta ter o consentimento e examinar
Voltando para o caso de nosso paciente queria lembrar que a presença de um câncer de pele aumenta a chance da pessoa de ter um melanoma em 4.28 vezes, podendo chegar a 6.55 vezes, dependendo do estudo.
Só para você ter uma ideia, pessoas com 50 nevos tem uma chance 2.24 vezes maior de melanoma, enquanto que com 100 nevos de 4.74.
Ou seja o risco de melanoma em quem teve câncer de pele não melanoma, hoje chamado de carcinoma queratinocítico, é real.
E para finalizar vou trazer a lista de situações que demandam avaliação de corpo inteiro anual, pensando na prevenção do melanoma:
1. Adultos acima de 50 anos Fototipo I -II – III
2. Presença de 50 ou mais nevos
3. Portador de nevo displásico
4. História pessoal de câncer de pele
5. História pessoal ou familiar de melanoma
Nesta lista não estou considerando síndromes genéticas.
E você como faz o acompanhamento de seus pacientes?
Sempre que está diante de um caso de câncer de pele, você examina toda a pele do seu paciente?
Não deixe de comentar no grupo, de compartilhar a nossa COPA que tem por objetivo aumentar a sua taxa de diagnóstico com o exame da pele do seu paciente
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Neste caso considerando a busca ativa sistemática em paciente de risco Até amanhã que vamos conversar de um paciente que sofreu uma topada
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