Quando suspeitar de Monkeypox?

Monkeypox era uma doença até pouco tempo limitada ao continente africano e hoje está em mais de 80 países, inclusive aqui no Brasil. Quando suspeitar então?

 

Sem conhecer a doença precisamos buscar as informações de fontes africanas. No monkeypox Africano – se é que podemos fazer esta distinção – a suspeição clínica ocorre em qualquer pessoa (de área endêmica) que apresente história de início súbito de febre, seguido de erupção vesiculopustulosa ocorrendo principalmente na face, palmas das mãos e solas dos pés

A tríade -> área endêmica – quadro febril agudo – erupção vésico-putulosa serviam de base

No surto atual, perdemos o contexto epidemiológico inicial -> conexão com área endêmica. Começamos a identificar casos em diferentes países sem elo epidemiológico: Inglaterra, Portugal, Espanha e em pouco tempo o mundo. A antiga doença nos demandou uma atenção, ela cansou de ser ignorada e utilizou uma nova estratégia para conhecer o planeta. Nos relatos de casos, um padrão epidemiológico começou a se desenhar:

 

  1. Acomete pacientes masculinos em mais de 95% dos casos
  2. São homens que possuem relação sexual com outros homens (HSH)

 

E a partir daqui, vamos nos basear no artigo publicado no Lancet entitulado: Clinical presentation and virological assessment of confirmed human monkeypox virus cases in Spain: a prospective observational cohort study. Um estudo observacional prospectivo que ao analisar o segundo elemento da tríade, a febre, notou a presença da mesma em 72% dos 181 casos. Inclusive, sintomas sistêmicos estiveram ausentes em 12% dos pacientes. Agora a gente começa a entender por que os casos avançam, um sintoma considerado fundamental não está presente em quase 1/3 dos pacientes.

E quanto ao quadro eruptivo? Este sim esteve presente em 100% dos casos, mas em 92% das vezes o número de lesões não passou de 20. O que será que houve? Ainda é cedo para afirmar, mas no mesmo estudo, os autores dividiram os pacientes em 03 grupos. HSH com intercurso anal, HSH sem intercurso anal e outros. O que os autores concluíram: a via de transmissão modifica a apresentação clínica.


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